Eu e Nicole fomos de férias para a Polônia. Na verdade era quase vergonhoso morar tão perto de um país tão belo e nunca ter ido visitá-lo.
Mas acho que era aquela coisa de ser tão perto que a qualquer momento iríamos. Aproveitamos a visita ilustre de dois grandes amigos que também queriam viajar à Polônia e fomos juntos.
No total passamos 7 dias, dos quais 2 dias completos em Varsóvia (deveria ter sido mais), 5 dias incompletos em Cracóvia (deu pra conhecer bem, mas passaríamos fácil um mês na cidade) e, por fim, algumas horas em Lódz ( pronuncia-se Woodge).
Deslocamento e Hospedagem
Alemanha e Polônia são países vizinhos. Mas não se engane, apesar de Berlim estar relativamente perto da fronteira com a Polônia, as cidades polonesas mais conhecidas ficam bem distantes de Berlim.
Fizemos todos os trechos de ônibus (estudantes tem que economizar). Berlim – Varsóvia fizemos em 7 horas durante a madrugada. O ônibus tinha filme, música, banheiro e relativamente confortável. Era da empresa Simple.
Pra quem não tem pernas tão grandes quanto as minhas, a viagem deve ser menos incômoda. Chegamos às 06h e meia em Varsóvia, pegamos um ônibus urbano para o centro da cidade (15 minutinhos, a passagem pode ser comprada em máquinas e o preço varia de acordo com o tempo de validade do bilhete. O mais barato é de 20 minutos. (estudantes têm descontos).
Chegando ao centro da capital polonesa já vemos o palácio real. Nosso apartamento ficava de frente pra ele. Optamos por não ficar em pousadas ou hostel. Alugamos um apartamento através do site airbnb (contamos nossa experiência no airbnb aqui) e correu tudo bem. O apartamento estava de acordo com a descrição do site e a dona era super simpática e solícita.
Pensamos que quando se viaja o mais legal é tentar entender o modo de vida das pessoas de determinado local. Se você fica num hotel ou hostel você perde um pouco disso. Ficando num apartamento alugado, mesmo que por pouco tempo, você é meio forçado a aprender algumas coisas dos locais, como ir ao supermercado, como são as casas deles, que tipo de mobília e como eles moram de maneira geral. Temos a impressão que ficamos mais íntimos dos lugares que visitamos dessa forma.
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Varsóvia
Varsóvia é uma cidade com uma história bem densa. A destruição da cidade lembra um pouco o que aconteceu com Berlim. 85% dos prédios foram completamente destruídos durante a segunda guerra. O centro de Berlim sofreu uma destruição comparável.
Assim como Berlim, Varsóvia pode ser comparada com uma fênix, uma cidade que renasce das cinzas. O centro da cidade foi reconstruído como era antes, usando as pinturas de Canaletto, pintor que fez o panorama de diversas cidades europeias.
Uma das coisas que mais chamaram a atenção na Polônia foi a religiosidade. É impressionante a quantidade de freiras e padres jovens pelas cidades. As igrejas estão em atividade e dá pra notar que elas não são apenas pontos turísticos. É um dos países mais católicos do mundo. O papa João Paulo II é muito benquisto por lá, muita gente fala que um discurso dele foi muito importante para a resistência polonesa ao comunismo.
As histórias que ouvimos dos tempos do comunismo ficam entre a tragédia e a comédia.
Eles tem dezenas de boas histórias somente sobre como eles faziam para comprar as coisas que precisavam. Se você precisasse de uma geladeira, provavelmente não iria encontrar uma nas lojas. Entretanto, valeria a pena pegar uma máquina de costura, trocar com um vizinho por um ventilador, depois trocar com outro por uma cafeteira…. Depois de um ano procurando talvez você conseguisse sua geladeira depois de uma cansativa e cômica série de trocas.
Moeda e Alimentação
A Polônia não está na zona do Euro. Eles usam o Zloty, que vale mais ou menos um quarto de euro. Vale a pena procurar uma casa de câmbio com uma taxa de conversão mais camarada. Essa diferença pode fazer você economizar um bom dinheiro. Vimos casas de cambio com taxa de 3,79 por Euro e de 4,21 por Euro. Ou seja, uma troca num lugar errado pode lhe custar um bom jantar.
Falar em comida… Hummm…. Tanto nós quanto os nossos amigos damos muito valor ao turismo gastronômico (desculpa de quem tem espírito de gordo)… Somos apreciadores de uma boa culinária.
Pois se você também for assim e for à Polônia, aproveite. Dá pra comer bastante e bem por muito pouco. Com 05 euros dá pra você comer bem e ainda tomar um café depois. Claro, há lugares mais caros e mais baratos. Se você for do tipo de pessoa sem muito problema para experimentar coisas diferentes, vá em frente. Às vezes a aparência da comida nem é tão convidativa, mas o sabor é maravilhoso.
Cracóvia
Enfim… Depois de dois agradáveis dias em Varsóvia pegamos outro ônibus da PolskiBus para Cracóvia. Mais 5 horas de ônibus e dessa vez menos confortáveis. Se você tiver uma folga no orçamento e a diferença estiver pequena, talvez valha a pena pagar pelo trem. Chegamos a Cracóvia perto do meio dia e estava muito quente. Todos nós somos de Recife, ou Hellcife, e mesmo assim sofremos muito com o calor. Na pista, tava marcando mais de 40 graus.
Pegamos um bonde e fomos para a nossa futura morada pelos próximos 5 dias. O apartamento era até grande, com um mezanino e tudo. Problema: tinha só um ventiladorzinho para 4 pessoas. Mas valeu a pena.
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Cracóvia é linda e interessantíssima. Como dito antes, eu e Nicole queremos voltar lá com certeza. Passaríamos um mês na cidade. É muita história de vários períodos diferentes, assim como arquitetura.
Lá o papa João Paulo II estudou… dá pra ver homenagens a ele em vários pontos da cidade. E foi quando estávamos lá que descobrimos que a próxima Jornada Mundial da Juventude será na cidade em 2016. Nada mais justo. A cidade é muito receptiva, tem uma boa infraestrutura para turismo e o catolicismo lá é algo notável.
Quando for a Cracóvia tente sair um pouco do centro turístico, a cidade antiga e medieval. Tente conhecer o bairro judeu. Hoje é o local mais frequentado pelos locais. Os preços são melhores e você terá uma noção melhor do modo de vida. Tem muito bar, restaurante, café, confeitaria; cada um com seu próprio conceito por trás. É muito legal.
Às vezes talvez surja um probleminha de comunicação. Os mais jovens falam um inglês razoável, os mais velhos não. Até o fim década de 80 só se aprendia russo e um pouco de alemão nas escolas. Mas a vantagem é que eles foram bem solícitos com a gente. Sempre tentavam ajudar no que era preciso. Gostamos bastante dos poloneses.
Ao longo da nossa passagem pela Polônia, postamos várias fotos no Instagram do Agenda Berlim e demos algumas informações também pela nossa página no Facebook. Haverá outros posts sobre essa viagem maravilhosa, é só ficar de olho. Esperam que tenham gostado de nos acompanhar e até a próxima!
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Berlim, por quem mora e é apaixonado pela cidade.
Oi, Pacelli. Tudo bem? 🙂
Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com
Até mais,
Natalie – Boia Paulista
Adorei o texto q vcs fizeram. Muito bem escrito e com detalhes interessantes. Parece até que estava viajando com vcs. Valeu! Abrações.
Prezados,
Eu e meu marido vamos pra Berlin em junho e esse post nos deu um gostinho bom da Polônia. Meu tio era polonês e já comi muitos pierogi na vida… Espero poder ir pra lá. Seu blog está nos ajudando muito, abraços.
Prezado Pacelli,
Suas dicas são ótimas! Vamos aproveitá-las quando formos a Berlin em junho. A Polônia me encantou, lembrou da infância, porque meu tio era polonês e comíamos muitos pierogi. Abraços.
qual a forma mais rápida de ir de berlim a polônia? é mais fácil ir primeiro a praga e Depois a berlim? perco muito indo só a cracóvia e a Auschwitz???
muito obrigada!
Adorei seu texto!! E preciso de uma dica, se puder… Vou para a Europa no final de dezembro 2014. Alemanha está no meu roteiro, mas na verdade meu sonho é Polônia… Conheço bem o inverno europeu, mas o mais rigoroso que vivi foi -5 na Espanha. Sei que na Alemanha será um pouco pior, mas e na Polônia?? Tenho medo de incluí-la no roteiro e enfrentar muita neve e “- vááários”… Rsrs… Obrigada!!!!
Oi Daniela! Nunca fomos no inverno polonês, mas acredito ser mais frio do que aqui. Todo ano muda, é bom ficar de olho nas previsões. Se for pra dar um chute, diria que você pegará neve e no mínimo algo parecido com -5. Dá uma olhada nas nossas dicas para se proteger do inverno berlinense e vai sem medo.
Abraços
Boa tarde, cheguei a esse blog através do Instagram, estou planejando minha visita a Alemanha em 2015 e adorei encontrar vocês! Realmente um achado! Fiquei com mais vontade de conhecer essa cidade e esse país. Escrevem de um jeito que parece alguém conhecido ha anos, estarei sempre por aqui por esse ano. Parabéns pelo trabalho! Abraço, Mariana.
Opa Mariana, que felicidade ler seu comentário! 🙂 Muito bom saber que somos ouvidos! rs
Abração
Pacelli, excelente blog. Estou economizando para ir a Cracóvia, mas as passagens de avião são caríssimas. O que você me sugere? Nunca viajei para a Europa. Seria melhor ir a Berlim o voo é metade do preço rsrs), depois qual seria o roteiro seguinte para chegar a Cracóvia? Abçs
Oi Rafaela! De Berlim você consegue ir baratinho à Cracóvia. Dá uma olhada em http://www.busliniensuche.de/ 😉 (Busca Berlin – Krakau)
As duas vezes que fomos foi de ônibus, a primeira Berlim-Varsóvia-Cracóvia-Lodz-Berlim – e gastamos 70 euros com todas as passagens. A outra fizemos Berlim-Cracóvia direto e custou menos de 20 euros.
Boa sorte e boa viagem! Cracóvia é demais!
Ah, e Pacelli agradece o elogio. 🙂
quando forem a cracovia,nao deixem de visitar a linda zakopane nas montanhas tatras.fica a hora e meia de onibus. e maravilhosa em qualquer estacao, e….,barata
Obrigada pela dica, Ingrid! Vamos guardar para a próxima vez na Cracóvia – já fomos 3x e amamos a cidade!
Abraços!